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domingo, 31 de maio de 2009

O que é um CTM ?

Antes de mais nada a sigla CTM significa Controle Técnico de Manutenção.Poucos já ouviram falar dessa função, mas o profissional que trabalha em um CTM executa as seguintes tarefas, entre outras: Organiza e mantém atualizada a biblioteca técnica da empresa;
Efetua o controle de assinaturas e recebimento de diretrizes de aeronavegabilidade e boletins de serviço; Atualiza as fichas de inspeção relativas aos planos de manutenção das aeronaves; Mantém os arquivos de serviços efetuados e informação de pessoal técnico da empresa; Efetua Controle de Manutenção das aeronaves.

O CTM nada mais é do que ter um histórico da manutenção preventiva estabelecida pelo fabricante para cada modelo de aeronave e através dela planejar paradas da aeronave devido ao vencimento horário, calendárico ou cíclico de inspeções, revisões e trocas de componentes, diretrizes e boletins de serviço.

Esta atividade exige, então, que o profissional tenha como características : a concentração, o conhecimento de inglês técnico (para aeronaves fabricadas no exterior), o conhecimento de informática como usuário e, a vontade de aprender sempre.
Um profissional quando monta um plano de manutenção sua atenção deve estar focada em efetuar um trabalho sem erros, pois, qualquer controle que não esteja de acordo com o programa do fabricante ou do táxi aéreo pode causar sérios prejuízos financeiros e até mesmo colocar em risco a segurança de vôo da aeronave que está sendo controlada. Se um pequeno erro que seja for cometido no controle de vida útil de um componente e , esse erro originar a troca do componente antes da vida limite prevista o operador terá prejuízos financeiros se for uma peça de custo elevado. Se o erro resultar em uma previsão de troca do componente após a vida limite sérios riscos o operador corre, pois, a aeronave poderá voar com um componente com a vida útil já vencida e que pode falhar para a função que foi projetado colocando assim em dúvida a segurança de vôo.
Há tempos atrás não existiam os programas de computadores e toda a tarefa de controle era efetuada manualmente com caneta, papel e uma calculadora. Isto gerava um trabalho e tanto para o profissional da área. Porém, hoje contamos com diversos softwares que auxiliam estas tarefas de controle como planilhas eletrônicas , programas especiais para o controle de aeronave ou mesmo programas personalizados que as empresas podem desenvolver com a ajuda de um profissional de tecnologia de informação.
O departamento de CTM dentro de uma empresa é de vital importância para os operadores de aeronaves que queiram manter suas aeronaves aeronavegáveis e pelas empresas de manutenção que queiram oferecer um serviço com alto padrão de qualidade e segurança aos seus clientes.

Manter o controle sobre todos os aspectos de manutenção de aeronaves é de suma importância não só para gerar maior segurança , mas também manter a eficiência operacional reduzindo custos indesejáveis.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Momento TAAG

O coordenador-adjunto do Comitê de Refundação da TAAG, Rui Carreira, anunciou na terça-feira, 12, durante uma conferência de imprensa, que a companhia aérea nacional vai dispensar nos próximos meses mais de mil trabalhadores.
Rui Carreira explicou que a decisão foi tomada depois de terem realizado um inquérito que serviu para averiguar quantos trabalhadores existem e as respectivas áreas onde estão alocados. A sindicância demonstrou, no entender de Rui Carreira, que a companhia tem atualmente muitos funcionários que não desenvolvem nenhuma atividade que a beneficia.
O “número dois” da TAAG disse ainda que as demissões não serão feitas de forma massiva, mas em jeito de rescisão de contrato e que todos serão devidamente indenizados, independentemente do tempo que esteve ao serviço da empresa.
A conferência de imprensa serviu para a Comissão de Refundação falar sobre a novidade de que a companhia aérea nacional inauguraria no dia 13, o voo para a cidade de São Paulo, Brasil. O voo que marcou o início da rota Luanda/São Paulo/Luanda, com duração de sete horas, transportou convidados oficiais, membros do Governo, deputados, jornalistas entre outras figuras da sociedade angolana e brasileira.



Fonte :http://club-k-angola.com/index.php/about-joomla/bastidores/2683-taag-despede-mais-de-mil-trabalhadores.html?change_font=small

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Perigo Aviário ? O que é isso?

Perigo aviário é o risco potencial de colisão com ave ou bando de aves, no solo ou em determinada porção do espaço aéreo. O risco de acidente aeronáutico causado por colisão com aves é composto de duas variáveis: a probabilidade de colisão e a gravidade da colisão.
A probabilidade de colisão de aeronaves com aves é dada em função da quantidade de aves presentes nas rotas de vôo das aeronaves e do número de vezes que estes elementos se cruzam no espaço aéreo. Já, a intensidade dos danos e lesões decorrentes da colisão entre uma aeronave e uma ave é dada em função da velocidade da aeronave e da massa da ave. Conclui-se que, quanto mais pesada for a ave maior será a carga de impacto sobre a aeronave a uma determinada velocidade de vôo.
Entretanto, deve-se considerar um perigo potencial, tanto uma ave pequena isoladamente quanto um bando de aves de qualquer tamanho, porque as colisões sempre oferecem perigo às aeronaves (SOUZA, 2001).
A colisão de um urubu com o pára-brisa pode causar o seu estilhaçamento, tornando a pilotagem difícil. Se o piloto é atingido, o controle da aeronave resulta inexeqüível, restando apenas a alternativa da ejeção. Tal procedimento aumenta as chances de sobrevivência do piloto, mas oferece elevado risco para a população do entorno, haja vista a queda desgovernada da aeronave. Inclusive, colisões de urubus com pára-brisas de aeronaves da FAB já provocaram a morte de um aeronavegante, em 1962, e a queda de um caça F-5 , em 1975 (CENIPA, 2002).
Por outro lado, quando é atingido o motor, pode ser necessário abortar a decolagem ou efetuar um pouso forçado da aeronave, sendo ambos procedimentos de elevado risco.
Foi o que ocorreu com um Boeing 737, em 1988, na Etiópia, quando a ingestão de pombos em ambos os motores levou a um pouso forçado, no qual faleceram 31 das 105 pessoas a bordo. No Brasil, em 1986, houve a queda de um caça Mirage III, cuja entrada de ar foi danificada pela colisão com um urubu durante a decolagem (CENIPA, 2002).
(foto http://g1.globo.com/)

Links para este assunto: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3452910-EI306,00.html

http://scienceblogs.com.br/bessa/2009/01/manchetes-comentadas-10-caixa-preta-do-us-air-confirma-choque-com-aves.php

http://forum.contatoradar.com.br/index.php?showtopic=31115&mode=threaded&pid=281243

domingo, 26 de abril de 2009

Publicações de aviação civil no Brasil

No Brasil há muitas publicações sobre o tema aviação civil, mas ainda carecemos de material informativo de qualidade e de fácil acesso ao público em geral . Há excelentes trabalhos voltados para a nossa área de aviação que são trabalhos especializados , porém falta informação para aqueles que ainda não conhecem a aviação , mas que desejam fazer parte um dia dessa atividade . Felizmente existe um veículo de comunicação chamado REVISTA ASAS que une as informações técnicas e informações sobre o mundo aéreo que agradam ao público em geral . A edição 48 de ASAS , que já está nas bancas, traz como exemplo disto, uma matéria excelente sobre o ensino aeronáutico no Brasil , assunto que muitas pessoas querem saber , mas que não encontram facilmente. Esta matéria é muito esclarecedora e contém informações sobre os cursos de aviação existentes no Brasil. Vale a pena conferir.
Ah, a matéria referente a interceptação do avião da VARIG, em 1982, por um caça da força aérea Inglesa durante a guerra da Malvinas também está sensacional!

Certificação EASA para Mecânicos de Manutenção Aeronáutica - 2ª Parte

A emissão renovação, alteração, suspensão e revogação de licenças são emitidas pelas autoridades nomeadas em cada um dos 27 estados membro da Comunidade Européia. Essas autoridades competentes estabelecem os respectivos procedimentos documentados e uma estrutura organizacional.

Os exames para obtenção das licenças EASA são conduzidos pela autoridade competente e seguem regras rígidas que devem ser cumpridas pelos candidatos sob pena de sofrerem sanções. Vejam algumas regras instituídas pela EASA para realização de exames:


a) Todos os exames devem ter seus enunciados (questões) guardados em local seguro antes da realização do exame, por forma a assegurar que os candidatos não conheçam as perguntas específicas que farão parte do exame. A autoridade competente designará pessoas responsáveis pelo controle dos enunciados a utilizar em cada exame;


b) A autoridade competente designará examinadores que estarão presentes durante a realização dos exames , por forma a assegurar a sua integridade;


c) De 6 em 6 meses os enunciados dos exames deverão ser substituídos por novos enunciados;


d) Os candidatos deverão estar separados entre si de forma a não poderem ler os enunciados dos outros. Não poderão se comunicar com ninguém a não ser com o examinador;


e) Os candidatos que cometerem qualquer irregularidade serão impedidos de realizar qualquer exame durante um período de 12 meses a contar da data do exame em que foi detectada tal irregularidade.

sábado, 11 de abril de 2009

Certificação EASA para mecânicos de manutenção aeronáutica.

A União Européia criou um regulamento através do seu Parlamento para a garantia da segurança de vôo nos territórios dos países membros. O Regulamento (CE) nº 1592/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de julho de 2002, relativo a regras comuns no domínio da aviação civil criou a Agencia Européia para a Segurança da Aviação (EASA em Inglês).
O objetivo desse regulamento é estabelecer os requisitos técnicos e procedimentos administrativos comuns destinados a assegurar a manutenção da aeronavegabilidade das aeronaves, bem como de quaisquer componentes destinados a instalação nas mesmas. Desta forma, este regulamento determina um conjunto de regras a serem cumpridas por todos os envolvidos nas atividades de manutenção de aeronaves para a obtenção de certificações para atuação em aeronaves ou componentes.

Para a obtenção de licença de manutenção aeronáutica para aviões e helicópteros este regulamento , através de sua Part 66 Anexo III , estabelece as seguintes categorias para o pessoal de manutenção:

Categoria A ( Manutenção de Linha)
Categoria B1 (Manutenção line & base de sistemas do grupo Motopropulsor; Célula)
Categoria B2 ( Manutenção line & base do grupo aviônicos)
Categoria C ( Manutenção de base em todos os grupos)

As categorias A e B1 dividem-se em subcategorias que abarcam combinações de aviões, helicópteros, motores de turbina e motores de pistão. As subcategorias são:

A1 e B1.1 ( Aviões Turbina)
A2 e B1.2 ( Aviões Pistão)
A3 e B1.3 ( Helicópteros Turbina)
A4 e B1.4 ( helicópteros de Pistão)

Um curso de formação de mecânico de manutenção pelas regras da EASA deve ter uma carga horária mínima de 2400 horas. Aqui no Brasil a formação de mecânico segundo as exigências da ANAC é de somente 1100 horas.

No próximo artigo darei continuidade as informações sobre certificação EASA.

sábado, 28 de março de 2009

TAP M& E Brasil. Surge um novo gigante da manutenção aeronáutica.




A antiga diretoria de manutenção da VARIG passou por vários processos de reestruturação, virou unidade de negócios, ganhou autonomia como empresa de manutenção, foi vendida para o consórcio Aero Luso-Brasileiro, depois repassado a TAP Manutenção e Engenharia de Lisboa e hoje se transformou em TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A sendo uma das maiores empresas de MRO ( Maintenance Repair Overhaull) do mundo. A carteira de clientes da nova empresa ainda é pequena em relação a sua capacidade de produção, mas há tendências em um aumento gradativo de novos clientes.
Hoje a empresa possui dois grandes centros de manutenção, um no Rio de Janeiro e outro em Porto Alegre com cerca de 1700 funcionários altamente qualificados (somatório das duas bases). Possui certificações das diversas autoridades de aviação civil como o FAA , a EASA , DNA, INAVIC, ANAC, DGAC , etc. A TAP M&E Brasil S.A já trabalha na manutenção de aeronaves da família Airbus como as frotas A300, A310/300-600, A320, A330/340, toda a frota Boeing e também algumas aeronaves da Embraer como o EMB 120 , ERJ 135 , ERJ145 , ERJ 170/190.
A “nova” empresa de manutenção aeronáutica é estrategicamente muito importante para a cidade do Rio de Janeiro e para o Brasil, pois clientes do mundo inteiro poderão vir para cá com suas aeronaves e gerar empregos e recursos para a nossa região. Uma empresa deste porte merece atenção especial das autoridades brasileiras para que proporcionem os bens de capital necessários para o desenvolvimento da área ao redor deste empreendimento.
Apesar da crise mundial, as expectativas de um bom futuro são cada vez mais fortes já que o pior parece já ter passado e as calmarias já apontam no horizonte. A empresa está muito bem localizada próximo ao aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim-Galeão e possui um parque industrial altamente equipado e preparado para atender ao diversos níveis de manutenção exigidos para vários tipos de aeronaves e componentes.
Todos torcemos para que este empreendimento cresça cada vez mais e que ajude a aumentar a confiabilidade na aviação civil brasileira.

domingo, 15 de março de 2009

Copa 2014- Brasil


A copa do mundo é um evento grandioso que exige um bom planejamento para que obtenha êxito e faça com que o mundo volte seus olhos para as oportunidades que surgem com esse movimento frenético de torcedores, jornalistas, empresários, governantes e demais envolvidos.
Como atuamos no ramo de aviação faço um pedido para que vocês reflitam por um momento sobre como deverá ser o planejamento para o transporte aéreo nesse período da copa. Muito se fala na mídia sobre os investimentos bilionários que serão disponibilizados para que seja criada a infra-estrutura necessária para o sucesso desse evento esportivo que terá duração de cerca de 30 dias e que mudará sem dúvida a vida de muitos brasileiros. Mas não sabemos ao certo qual a cota para investimento no transporte aéreo. Com o número de aeronaves que possuímos hoje no Brasil não é possível atender a demanda interna pelo transporte aéreo, imagine só ter que atender também aos turistas que chegarão à época para assistir a copa e para “esticarem o tur “ pelo resto do país , porque o período da copa coincide com o período de férias , principalmente do hemisfério norte e muitas pessoas virão ao Brasil para assistir aos jogos e curtir férias. Com a recente demanda de passageiros nos aeroportos brasileiros nos dois últimos finais de ano (2007/2008 – 2008/2009) já houve o tão famoso “caos aéreo”, devido a nossa estrutura precária, imagine com o aumento do tráfego aéreo vindo do exterior para cá. Será uma catástrofe caso não se tenha proposta concreta para melhorias do sistema.
Hoje as empresas do setor de aviação passam todas elas por uma crise econômica ( em grande parte culpa da crise internacional) e precisam de apoio para sobreviver, pois esse mercado é regulamentado e por isso, a flexibilidade que outros setores possuem para tentar se ajustar a realidade do mercado não acontece na aviação. Como a regulamentação exige uma burocracia maior, vejo que se torna necessária a tomada de ação imediata por parte das autoridades e do comitê organizador para a copa de 2014 na implantação de projetos para a melhoria da nossa infra-estrutura do sistema de aviação. Com isso, não teremos surpresas desagradáveis para a nossa Copa e daremos ao mundo o recado de que precisamos: somos um país com potencial na aviação. “Pra cima deles Brasil.”
Foto MS notícias.

domingo, 1 de março de 2009

Crise na aviação brasileira

A crise econômica anunciada por especialistas desde o ano passado chegou ao Brasil. Será que chegou mesmo? Eu acredito que sim. Aliás, desde o início do governo Lula ela já vem sendo anunciada. Me lembro muito bem quando o presidente foi a TV “pedir” para que o povo consumisse, pois agora que tínhamos uma economia “estabilizada” era a hora de comprar, de gastar e de tirar a “barriga da miséria”. Ora , quando se incentiva o consumo desta forma em um país que ainda não possui uma política de empregos consistente só poderíamos esperar o que? Crise. Todo mundo comprou e vendeu nos últimos anos, mas tudo na base do financiamento, raramente as pessoas ou empresas possuíam recursos próprios. Comprar com dinheiro de financiamento é sempre um risco para ambas as partes: comprador e vendedor.
Na época da crise da VARIG (2005/2006) a empresa precisava de financiamento para poder sobreviver ou que o governo liberasse o valor que a empresa tinha direito de uma ação contra o próprio governo já ganha na justiça, mas esse governo fechou os olhos para essa situação e a empresa demitiu 5600 funcionários da noite para o dia. Semana passada a Embraer anunciou 4500 demissões e o que estão fazendo ? Apenas tentando ganhar tempo na justiça para impedir essas demissões,mas todos já sabemos que só isso não irá resolver nada. Como o governo pode incentivar o consumo se ele não cria regras que garantam os empregos? O empresário precisa lucrar para pder manter o processo produtivo. O trabalhador precisa ter garantia de emprego. Quando falo em garantia de emprego não estou querendo falar que o trabalhador não possa ser demitido. Estou dizendo que deva existir uma política de empregos onde se tenha oferta de empregos suficiente para a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. Não é utopia não, isso é possível caso haja planejamento e vontade política. Na aviação aliás, o governo a trata mais como moeda política do que como atividade econômica propriamente dita. Talvez por isso a aviação brasileira sempre viva períodos de crises.Sem uma política concreta para gerar empregos e estabilidade a qualquer simples ameaça de crise haverá crise.
Em numeros de passageiros transportados podemos notar aumento nos números, mas em termos de efetivo crescimento da aviação em geral não observamos o mesmo grau de evolução. O mercado de trabalho continua incerto e algumas companhias que estavam em crescimento já acenam com uma retração.
Vamos torcer para que essa crise se reverta em novas oportunidades e que o país trace uma estratégia para a política de aviação com fomento ao crescimento econômico e geração de empregos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Empreendedorismo para Jovens na Aviação Civil

O mundo passa por transformações constantes e por esse motivo está sempre em evolução. As pessoas também evoluem, mas sempre enfrentando desafios. Os jovens de hoje serão os gestores de amanhã e os prováveis responsáveis pelas mudanças futuras. Ser empreendedor é uma necessidade para enfrentar as barreiras de um mundo que vem pela frente.
O mercado de trabalho está se transformando e as relações econômicas também. O empreendedorismo nas escolas irá auxiliar os jovens no processo evolutivo dos sonhos à realidade e construir uma seara de progresso não só para o país , mas também será o alicerce para um mundo mais desenvolvido e criativo.
Estimular o empreendedor que há dentro de cada um é mais que um dever dos educadores e formadores, é acima de tudo uma missão de construir um novo tempo. No campo da aviação civil isto se torna algo vital. O empreendedorismo nessa atividade é de suma importância para o crescimento econômico e sustentável de nosso setor. Carecemos de instituições que estimulem os jovens a se enveredarem pelos caminhos da aviação trazendo idéias inovadoras que desenvolvam um padrão próprio ou modelo de gestão de empresas aéreas, de manutenção e de serviços para que o mundo venha a conhecer o nosso valor enquanto setor de aviação.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Logística na Manutenção de Aeronaves


As companhias aéreas precisam ter um controle eficiente na execução do plano de manutenção de suas aeronaves no que se refere aos prazos estabelecidos pelos fabricantes. De um modo geral a manutenção de aeronaves se divide em duas etapas : manutenção preventiva e manutenção corretiva. Uma etapa se refere a manutenção voltada para a prevenção, a conservação do bom funcionamento da aeronave e é responsável por uma grande parte do custo operacional de uma empresa aérea. A outra etapa é voltado para a eliminação de falhas ocorridas nos sistemas ou na estrutura da aeronave. Geralmente se torna muito onerosa , pois em alguns casos a correção a ser feita é bem mais dispendiosa em relação ao custo da manutenção preventiva. Muitas vezes a empresa gasta muito com a manutenção preventiva , mas evita que a aeronave venha a ficar parada por vários dias ou até mesmo semanas em decorrência de uma falha mecânica por falta de manutenção. Quando isso ocorre , o prejuízo embutido para a companhia é impressionante.
Grande parte das companhias aéreas possui sua própria equipe de manutenção e até hangares para a realização de tarefas da manutenção preventiva. Mas outras companhias de menor porte só possuem um quadro de mecânicos para atender à manutenção corretiva e atuam somente na chamada manutenção de “ Pista” efetuando correções durante a parada da aeronave nos aeroportos entre um vôo e outro. Então como fazem a manutenção preventiva ? Bom , algumas empresas mandam suas aeronaves para as empresa de manutenção de aeronaves homologadas pela autoridade aeronáutica. Hoje existem muitas empresas de manutenção espalhadas pelo mundo. No Brasil temos a VEM (TAP M.E Brasil), a DIGEX, a TAM entre outras que atuam nessa área e que fornecem excelente serviços para as empresas de aviação. O mais importante é que as empresas aéreas tenham uma boa administração do plano de manutenção de cada aeronave fazendo as revisões dentro do que está previsto nesse documento.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Avião Pousa no Mar da Austrália


Mais uma aeronave em situação de emergência realizou um pouso forçado sobre as águas. Desta vez o fato aconteceu na Austrália em pleno mar no litoral da cidade de Darwin. O piloto Steve Bolle conseguiu aterrisar o avião de pequeno porte e salvar a vida dele e de cinco passageiros. Logo após a decolagem a aeronave perdeu potência e o piloto se viu obrigado a efetuar essa manobra.
Fatos iguais a esses não são tão raros assim. Ao longo da história da aviação muitos casos já foram registrados embora muitos com finais nada felizes. Um dos casos mais famosos de pouso bem sucedido no mar aconteceu com uma aeronave da VARIG no ano de 1957, no mar do Caribe, próximo a cidade de Trujillo (hoje Santo Domingo)na República Dominicana. Uma aeronave modelo Super G-Constellation com quatro motores, fazia o Vôo 850 proveniente do Rio de Janeiro com destino a Cidade de New York, quando uma série de problemas técnicos ocorreram com os motores fazendo com que, a aeronave, ficasse com somente um motor operando. Mediante essa situação o Cmte Geraldo Knippling se viu forçado a tomar a decisão de pousar sua aeronave nas águas do oceano. Diga-se de passagem foi um pouso não tão tranqüilo assim , mas conseguiu salvar a maioria das pessoas a bordo. Este caso é mais detalhado no livro “Falando de Avião” , da Editora Gráfica Metrópole e de autoria do próprio Comandante do Vôo.
Outros casos tiveram um final trágico como o do B767 que por falta de combustível após sequestradores desviarem a aeronave de sua rota obrigou o piloto a pousar a aeronave no mar , mas sem operação dos motores a dificuldade para controlar a aeronave se torna muito grande e a aeronave acabou se espatifando na superfície do oceano se desintegrando e matando muitos passageiros .
O fato é que esses pousos sobre as águas são previstos para uma situação de emergência e se uma tripulação competente e bem treinada estiver a bordo o pouso tem grande chances de acabar bem como a que ocorreu na Austrália.
Foto: http://www.g1.globo.com

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Novo Sistema de Controle da ANAC



Visando aumentar o controle e a fiscalização de aeronaves e tripulantes e no intuito de manter as condições de voo no Brasil em um nível elevado de segurança , a ANAC, a partir de maio de 2009, implantará nos aeroportos públicos um sistema informatizado, já batizado de “Decolagem Certa”, que inibirá a decolagem de aeronaves em situação irregular incluindo suas tripulações.
Este programa foi desenvolvido pela ANAC e permite verificar no momento da liberação do plano de voo toda a documentação obrigatória para pilotos e aeronaves. Se encontrada alguma irregularidade o comandante será notificado e será orientado a corrigir a situação junto à Agência Nacional de Aviação Civil. O “Decolagem Certa” já vem funcionando em caráter experimental nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Campo de Marte em São Paulo.
É o Brasil voltando a se preocupar com a segurança da sua aviação.

Parabéns à ANAC por essa iniciativa.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Empresas de Manutenção de Aeronaves



Tal qual uma empresa aérea as empresas de manutenção aeronáutica também têm que ser certificadas pela autoridade de aviação civil para que possam realizar serviços em aeronaves. Nenhuma empresa poderá efetuar trabalhos de manutenção em aeronaves se não possuir tal certificação. No Brasil quem é responsável pela emissão das certificações é a ANAC ( Agência Nacional de Aviação Civil ) , que através do RBHA 145 ( Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica -145), estabelece os requisitos a serem cumpridos pelas empresas para a obtenção do CHE ( Certificado de Homologação de Empresa). Vários itens são exigidos para que se possa autorizar os serviços de manutenção aeronáutica como, por exemplo, qualificação do pessoal, instalações, ferramental, elaboração do Manual de Procedimentos de Inspeção ( MPI), que é o manual onde será descrita a organização da empresa, as instalações , critérios para qualificação do pessoal autorizado a liberar serviços de manutenção em aeronaves ( inspetores) e todas as informações sobre como a empresa atuará na área de manutenção dentro dos critérios estabelecidos no RBHA 145 e RBHA 43.
Em nosso país existe várias empresas homologadas para manutenção aeronáutica e algumas delas são reconhecidas internacionalmente como a VEM-Manutenção e Engenharia , uma empresa que atualmente faz parte do Grupo TAP Portugal, mas que teve sua origem na VARIG, a DIGEX, o Centro de Manutenção da TAM e outras. A VEM possui o maior complexo de manutenção aeronáutica da América do Sul, e tem suas instalações em Porto Alegre e no Rio de Janeiro onde atende às frotas Boeing, Airbus e Embraer.
Este mercado de manutenção tende a crescer cada vez mais, porém ainda carece de um maior incentivo por parte da política econômica brasileira que ainda não percebeu que este ramo pode proporcionar um grande incremento na balança comercial com a exportação da prestação de serviços.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Pouso nas águas do Rio Hudson


Um avião Airbus A-320, da US Airways, caiu no rio Hudson, em Nova York, nos Estados Unidos, cinco minutos depois de decolar, no último dia 14. Na aeronave haviam 155 pessoas a bordo e cinco tripulantes e não houve fatalidades. Muitas pessoas se machucaram e outras tiveram hipotermia devido o contato com as águas geladas do rio.
O Vôo 1549 decolou do aeroporto de La Guardia ( N York) com destino a Charlote ( Carolina do Norte) e caiu cerca de 5 minutos após a decolagem.
Pelo que indicam as notícias sobre este acidente, ele pode ter ocorrido devido a ingestão de pássaros pelos motores da aeronave , algo que vem causando grande preocupação das autoridades mundiais em relação a segurança de vôo. Estas aves muito próximas aos aeroportos já causaram transtornos e prejuízos enormes a aviação.Porém, ainda não há um laudo oficial sobre o acidente. O evento pode ter sido causado também por ingestão de gelo, pois essa época do ano nos E.U.A ainda faz muito frio e com baixas temperaturas e umidade no ar a formação de gelo pode ter ocorrido em alguma parte da aeronave ,se desprendido durante o vôo e ingerido pelos motores causando a explosão nas duas turbinas.
De qualquer forma, temos que elogiar a perícia do piloto e co-piloto que conseguiram fazer a aeronave pousar em condições que causasse o menor dano possível a todos que faziam parte do vôo 1549.
Ao contrário do que muitos possam imaginar existem procedimentos de emergência para pouso na água ( ditching) que são treinados pela tripulação em simuladores de vôo. Toda aeronave é capaz de fazer um pouso de emergência na água com segurança. Claro que não é uma condição muito fácil , mas é prevista pelo fabricante da aeronave. Cada tipo de aeronave tem um tempo de flutuabilidade e se todos os procedimetos para pouso na água forem efetuados corretamente a aeronave poderá ficar flutuando até 30 minutos (dependendo do modelo) .
Parabéns a toda tripulação pelo profissionalismo e técnica e parabéns aos passageiros que resistiram de forma heróica ao frio das águas do rio Hudson.
Obs : foto do site http://www.bol.uol.com.br/

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Uma visão mineira de futuro.

Minas Gerais sempre esteve presente nos grandes acontecimentos deste país, tanto no campo econômico como no político e contribuiu para o progresso desta nação. Nos dias atuais vem demonstrando mais uma vez que seu instinto de inovação, apesar do tradicionalismo de seu povo, está aflorado. Com uma visão de futuro, o governador Aécio Neves juntamente com o presidente da empresa Gol, Constantino de Oliveira Junior, assinaram em junho de 2008 um protocolo de intenções para a expansão do Centro de Manutenção de Aeronaves daquela empresa, que está localizado no aeroporto internacional Tancredo Neves (Confins). Esta iniciativa visa o desenvolvimento e o estímulo para o crescimento deste setor nessa região e atrairá grandes investimentos na área de aviação civil. Espera-se que com essa expansão haja a geração de pelo menos 600 empregos diretos e 500 indiretos.
Foi assinado também um convênio entre as secretarias de desenvolvimento econômico, educação e da ciência e tecnologia para a preparação de profissionais de nível técnico e de cursos superiores na área de tecnólogos em manutenção de aeronaves. Essa iniciativa dá novo ânimo para todos nós e renova a esperança de que 2009 será um ano bem melhor para a aviação civil. Outra notícia boa é a baixa do preço do querosene de aviação que pode chegar aos 35% de redução em seu preço final devido a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Isto pode fazer com que haja um incremento nos lucros das companhias aéreas resultando em um maior investimento por parte das mesmas em aquisições de novas aeronaves o que fomentaria o mercado de manutenção aeronáutica de nosso país.
Que 2009 possa trazer muitas outras notícias boas para a aviação civil brasileira

Feliz Ano Novo para todos.

domingo, 28 de dezembro de 2008

O transporte de cargas por via aérea


O transporte de carga aérea brasileiro já tem uma longa história dentro do cenário nacional . Após a segunda guerra mundial houve a proliferação deste meio de transporte no nosso território. Em 1944 a Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu alguns aviões Douglas C-47 que foram utilizados em missões de transporte de carga e de pessoal. Com o término dos conflitos internacionais este tipo de aeronave passou a operar as linhas do Correio Aéreo Nacional (CAN) e daí então surgiu o transporte da cargas.
No Brasil o transporte de carga por via aérea é o meio mais eficaz para utilização a longas distâncias e, por isso, talvez seja o modal que deveria ter uma maior atenção no que se refere aos investimentos no setor de transporte.
No setor internacional que em 2007, segundo a ANAC, transportou cerca de 2,8 bilhões de toneladas, tem um potencial de receitas que ainda não foi aproveitado em sua totalidade pelas empresas que aqui operam. Vejamos por exemplo algumas empresas como a VARIGLOG, a SKY MASTER, TOTAL, GOL LOG e TAM que são responsáveis por grande parte do transporte de cargas dentro do território nacional , mas que ainda não atingiram sua plena capacidade deixando espaço para outras empresas nacionais menores além de uma grande fatia do mercado internacional para empresas estrangeiras como a DHL, a FEDERAL EXPRESS, sendo que esta última tem uma receita mundial de aproximadamente US$ 20 bilhões. Essa empresa tem um centro de distribuição de carga aérea internacional ( HUB) em Memphis ( E.U.A) e movimenta em média cerca de 15 bilhões de toneladas / km por ano. No Brasil a movimentação de carga área internacional anualmente fica muito abaixo desses números , 2,8 bilhões em 2007, representando 57% do total de nossa capacidade. Desse total a TAM foi a empresa que mais contribuiu com 1,4 bilhões de toneladas / km e a seguir a VARIGLOG com 395 milhões de toneladas / km. Vejam que temos muito a melhorar no cenário internacional e investimentos deverão ser feitos para que possamos “alavancar” esse setor que é muito importante para a economia brasileira.

Mas, o que é carga aérea ?

O termo “carga aérea” é utilizado para expressar o conjunto de bens transportados por via aérea, geradores de receita. Que não sejam passageiros e bagagens . Na indústria da aviação, consideram-se neste contexto os seguintes itens :

Malas postais
Encomendas courier
Carga propriamente dita.

Com o crescimento da industria nacional precisamos desenvolver a infraestrutura de transporte aéreo para o escoamento da produção, facilitando assim, as exportações. Não podemos deixar que esse mercado de transporte de carga aérea seja entregue para as empresa estrangeiras que possuem uma maior capacidade de transporte. Basta dizer que somente a FEDEX possui uma frota de quase 350 aeronaves que atuam ao redor do planeta. O Brasil tem capacidade para criar uma empresa de transporte de carga aérea internacional de grande porte e acho que isso deveria ser um item de prioridade na atual política do transporte.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Escassez de especialistas na manutenção de aeronaves.


A manutenção de aeronaves requer mão-de-obra qualificada e o mercado nacional anda carente de várias especialidades nessa área. Durante muitos anos houve negligência do governo quanto a fomentar a formação de mão-de-obra especializada. Havia poucas escolas com esse objetivo e basicamente se resumia ao ITA, a FAB, algumas escolas de aviação civil como a EAPAC do Rio de Janeiro e as empresas aéreas, que eram as formadoras , mas não certificadoras de seu pessoal de manutenção. Hoje, a ANAC ( Agência Nacional de Aviação Civil ) vem se mostrando bastante preocupada com o quadro atual da aviação brasileira no que se refere a formação de especialistas nessa atividade. Há uma carência muito grande em vários setores e a grande equação é: como preparar pessoas para atuar na aviação em pouco tempo sem perder a qualidade do treinamento? Estudos realizados recentemente pela ANAC comprovam que se nada for feito desde agora, em poucos anos estaremos vivenciando uma total falta de especialistas nas mais diversas áreas da aviação civil como, por exemplo, na manutenção de aeronaves. Para se ter uma idéia a formação de um mecânico com total capacidade para solucionar os mais diversos problemas de manutenção de uma aeronave leva em média de 3 a 5 anos. Primeiramente o candidato a essa profissão deve passar por um curso de formação com carga horária de 1014 hs. Após a aprovação neste curso ainda há a necessidade de passar por uma banca de exames na ANAC para que possa ser emitida o CCT ( Certificado de Conhecimento Teórico) dando condições para que a pessoa possa trabalhar em uma empresa de manutenção de aeronaves ou companhia aérea exercendo a função de ajudante de manutenção aeronáutica ( AJMA) e terá que obter experiência de pelo menos 3 anos para poder requerer a certificação de Mecânico ( CHT) junto a ANAC. Daí então , o profissional ainda tem que se qualificar para trabalhar nos diversos modelos de aeronaves existentes como Boeing , Airbus, Embraer, Citation, Fokker, Bombardier, etc.
As autoridades de aviação civil estão cada vez mais exigentes quando se trata de treinamento do profissional de aviação. Hoje está em evidência não só o treinamento teórico ,mas também o treinamento prático OJT, sigla em inglês para On the Job Training que em português significa Treinamento no Local de Trabalho , que é aquele que proporciona adquirir as habilidades necessárias para se atuar com segurança nas operações e na manutenção de aeronaves. Algumas empresas brasileiras que precisam operar com aeronaves voando para outros países como Estados Unidos da América ou para países da Europa, precisam atender também as exigências das autoridades locais desses países como o FAA ( EUA) e EASA ( Europa). Não basta apenas seguiras regras estabelecidas pela ANAC. As empresas de manutenção aeronáutica, chamadas de MRO ( Maintenance Repair Overhaul) como a brasileira VEM- Manutenção e Engenharia , que atendem a clientes dos mais diversos países, precisam ter seus funcionários de manutenção certificados por essas autoridades para que possam realizar as tarefas de manutenção e liberação de serviços. Para tal é necessário que cumpram todas as exigências legais estabelecidas nos regulamentos dessas autoridades. Tudo isso visando a segurança cada vez maior e a confiabilidade dos serviços prestados.Como podemos notar, esse mercado é bastante exigente e o bom profissional precisa de tempo para moldar seu perfil e adquirir a habilidade necessária para executar os serviços pertinentes sem riscos e com plena confiança. É evidente que algo tem que ser feito para que tenhamos a velocidade necessária para a qualificação dos profissionais sem no entanto perder o foco na segurança e na qualidade do profissional. Acredito que o governo possa contribuir atuando mais firmemente nessa área. Hoje, ainda não temos cursos voltados para essa área nas escolas públicas e nem em universidades federais. O governo precisa tratar a aviação como uma atividade estratégica dentro da política econômica e de desenvolvimento. Não podemos esperar que só aqueles que podem pagar por um curso de formação de mecânico ou de piloto sustentem esse esforço de manter o setor aéreo funcionando, temos que abrir espaço também para aqueles que desejam e não têm recursos para enfrentar a maratona de um curso de formação podendo ser feito através de cursos de nível médio ( técnico) e superior, encurtando o tempo para formação já que ao término do curso o aluno estaria apto a realizar os exames da ANAC e aumentaria a qualidade da capacitação do profissional de aviação.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O transporte como fator de integração e desenvolvimento econômico do Brasil.

O Brasil é um país de dimensões continentais e o grande problema a ser equacionado ainda é o transporte. Hoje o país carece de uma estrutura interligada entre os modais disponíveis e dentre estes modais, a aviação talvez seja o meio de transporte que mais evoluiu desde a década de 20, que foi quando surgiu o primeiro vôo comercial e, neste momento, possui uma rede aeroportuária relativamente grande, mas que não atende as reais demandas de transporte das mais diversas cidades, principalmente no que tange o transporte de cargas. Ainda são poucos os aeroportos que realmente possuem uma estrutura mínima para atender a essas necessidades. Somente os aeroportos de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Manaus possuem essa estrutura mínima.
O Brasil só conseguirá um desenvolvimento sustentável juntamente com uma economia estável e sólida se pudermos garantir o desenvolvimento das industrias e impulsionar a expansão de suas atividades para todos os pontos deste vasto território continental. Para que isso ocorra, é necessário então que os modais sejam vistos como meios complementares uns dos outros. O Avião ainda é o meio de transporte mais rápido quando se trata de longas distâncias a serem alcançadas, mas o governo precisa estabelecer meios de fomentação para o transporte terrestre e aquaviário para que possam complementar o transporte aéreo. Precisamos de uma política que possa induzir as parcerias ou cooperação entre estes meios de transporte. O país precisa ainda que sejam criados planos estratégicos em relação à construção ou reforma de aeroportos onde haja a integração dos modais. No Rio de Janeiro, por exemplo, Existem alguns projetos de integração dos transportes na área de carga, mas que ainda não saíram do papel. Hoje temos o Porto de Sepetiba que há anos é uma grande promessa de desenvolvimento regional, mas ainda está longe de ser o que se espera que seja. Este Porto fica a cerca de 100 km do aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim-Galeão. A interligação dos outros modais com esse porto se dá somente através de uma rodovia ( Rio-Santos) que se encontra em condições precárias , apesar das obras de duplicação já terem começado, e por uma linha férrea também muito precária. A construção de um anel viário é uma solução para a parte terrestre , mas parece que o cronograma dessa obra está um pouco atrasado . Outra solução seria estudar a possibilidade de utilização da Base Aérea de Santa Cruz como aeroporto com terminal de carga facilitando assim tanto o escoamento dos produtos provenientes do exterior como os produzidos no país com destino ao mercado internacional. Lembro que o desenvolvimento da malha ferroviária, aérea e rodoviária nesta região do Rio de Janeiro irá beneficiar não somente a cidade do Rio, mas todas as cidades adjacentes e também outros estados do Brasil. A integração entre os modais em todo o país trará crescimento econômico tão necessário para o desenvolvimento sustentável que tanto almejamos e ajudará na manutenção da integração nacional, fazendo com que este país seja cada vez mais coeso e solidificado como nação.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Artigos Perigosos no Transporte Aéreo







Artigos perigosos são mercadorias que possuem perigo em potencial. Estas características de periculosidade não tornam seu transporte pelo ar perigoso, desde que sejam tomadas algumas precauções. Os artigos perigosos não são somente substâncias óbvias como ácidos, material radioativo , venenos , explosivos , corrosivos, mas também alguns artigos diversos como material magnético ( imãs) , cadeiras de rodas, equipamento de mergulho, baterias, tintas, pesticidas, etc.

A ICAO ( International Civil Aviation Organization ) emite instruções para o transporte seguro de artigos perigosos por meio aéreo e estas instruções se refletem nos documentos da IATA principalmente nos regulamentos dos Artigos Perigosos ( IATA Dangerous Goods Regulations) que é mais restritivo do que as normas da ICAO.

Artigos perigosos não podem ser transportados na bagagem de mão despachada ou dos passageiros ou tripulantes , exceto os estabelecidos na regulamentação IATA 2.3.A DGR. Por isso é relevante que a companhia aérea informe-os , e o pessoal de aeroporto (check-in ) investigue através de perguntas e informações usuais se estão sendo carregados estes artigos ou não.

Alguns artigos perigosos são identificados como sendo proibidos para transporte em aeronaves sob qualquer circunstância; outras são proibidas em condições normais , mas podem ser transportadas com aprovação específica dos países interessados. Alguns são restringidos para transporte em aeronaves cargueiras, muitos porém , podem ser seguramente transportados em aeronaves de passageiros , desde que determinados procedimentos sejam atendidos.

Embalagens

A embalagem é um componente essencial ao transporte seguro de artigos perigosos pelo ar. O Dangerous Goods Regulations ( DGR) da IATA ( International Air Transportation Association) oferece instruções de embalagens para todos os artigos perigosos aceitáveis para transporte aéreo.Estas embalagens em sua maioria são embalagens homologadas , ou seja, passam por vários testes de resistência antes de serem aprovadas.

Treinamento

O treinamento é um elemento essencial utilizado na manutenção de um regime regulador de segurança. É necessário que todas as pessoas envolvidas na preparação ou transporte de artigos perigosos sejam adequadamente treinadas para lidar com suas responsabilidades. Dependendo da função exercida pela pessoa, o treinamento poderá ser somente para familiarização ou mais detalhado e completo.