Powered By Blogger

sábado, 27 de novembro de 2010

Air Force 1 - B707




Em 2004 estive visitando o museu da Boeing em Seattle e tive a oportunidade de entrar na cabine de um dos primeiros Air Force 1 , um Boeing 707. Vejam algumas imagens dessa raridade.






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Licenças de mecânico de manutenção: 1ª emissão e revalidação

O RBHA 65 ( em breve RBAC 65) é o regulamento emitido pela ANAC que contempla os pré-requisitos para a obtenção de licença de Despachantes Operacionais de Voo ( DOV) e de Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA). Nele encontramos as informações necessárias sobre idade mínima, cursos , grade curricular , prerrogativas e limitações das licenças.
Importante lembrar que todos aqueles que pretendem iniciar a carreira de MMA e também aqueles que já estão atuando no mercado devem consultar este regulamento para que possam estar devidamente orientados sobre seus direitos e deveres.
Uma das grandes polêmicas é sobre o prazo de validade das licenças de mecânico de manutenção e tempo de experiência, por isso, vamos tentar explicar de forma suscinta essa questão.
Segundo consta no RBHA 65.75 ( PRÉ-REQUISITOS PARA CREDENCIAMENTO, APROVAÇÃO E ELIMINAÇÃO), para obtenção de licença/CHT para cada grupo de habilitação, conforme constante na seção 65.91, o requerente deverá :

(1)Ter idade mínima de 18 (dezoito) anos;
(2)Ter concluído o nível médio (antigo 2º grau), com certificado reconhecido pelo MEC ou Secretaria de Educação e Cultura;
(3) Ter concluído com aproveitamento um curso de formação em uma entidade homologada pela ANAC; e
(4) Obter aprovação nos exames teóricos específicos da ANAC.
É considerado aprovado o solicitante que obtiver aproveitamento igual ou superior a 70% em todo o grupo (GMP ou CEL ou AVI). Após isto, para solicitar a emissão da CHT ( antiga carteira definitiva) , o candidato deverá:

(1) Estar com os exames de conhecimento teórico pertinentes à habilitação pretendida válidos;
(2) Possuir experiência profissional de, no mínimo, 3 (três) anos de trabalho em empresa aérea ou em empresa de manutenção, homologadas segundo os RBHA 121, 135 ou 145. Deverá ser comprovado que a experiência foi obtida com vínculo empregatício e que foi considerado aprovado em exame de conhecimento prático aplicado por INSPAC ou, com autorização da ANAC, por examinador credenciado da empresa aérea ou de manutenção, homologada segundo o RBHA aplicável, ao final do período de experiência requerido .
Uma vez obtida a CHT conforme estabelecido acima, a mesma passa a ter uma validade de 6 anos.
Conforme o RBHA 65.93 -REVALIDAÇÃO DAS LICENÇAS/CHT- o detentor de um CHT deverá solicitar sua reemissão encaminhando requerimento à ANAC atualizando seus dados cadastrais, anexando cópia do CHT a vencer ou o CHT vencido e comprovando:

(1) Ter adquirido experiência profissional de, no mínimo, 1 (um) ano de trabalho em empresa aérea ou em empresa de manutenção, homologadas segundo os RBHA 121, 135 ou 145. Deverá ser comprovado que a experiência foi obtida com vínculo empregatício e que foi considerado aprovado em exame de conhecimento prático aplicado por INSPAC ou, com autorização da ANAC, por examinador credenciado da empresa aérea ou de manutenção, homologada segundo o RBHA aplicável, ao final do período de experiência requerido.
As grandes empresas de manutenção e de transporte aéreo possuem em seus quadros funcionais mecânicos / Inspetores credenciados pela ANAC para aplicação dos exames práticos e, isto, facilita a burocracia do processo. Quando a empresa não possui tais examinadores, os portadores de licença ou aqueles que foram aprovados na banca da ANAC (exame teórico) podem entrar com um requerimento junto a ANAC para que se possa agendar um exame prático com um INSPAC ( Inspetor de Aviação civil).

Curso de Formação de mecânico de manutenção
Os primeiros passos para que uma pessoa possa se tornar um mecânico de manutenção aeronáutica são os seguintes :
1º - Cursos:

Cada curso de mecânico de manutenção aeronáutica constitui-se de um módulo básico, um módulo especializado e uma parte prática, e deverá ser homologado pela ANAC.Os candidatos a mais de uma habilitação, só cursarão o módulo básico para obter a primeira habilitação, ficando isento do mesmo para habilitações cursadas posteriormente. Para tanto, a entidade de ensino deverá expedir um certificado de conclusão do módulo básico, após o seu término.

(1) Módulo Básico – É requisito obrigatório para obtenção das habilitações de grupo motopropulsor, célula ou aviônicos;

(2) Módulo Especializado – Cada módulo especializado será relacionado a uma das habilitações previstas; o candidato só poderá inscrever-se para o (s) exame (s) de proficiência técnica, após a conclusão do (s) módulo (s) especializado(s); e
Parte prática:

A entidade deve firmar convênio com a empresa de manutenção homologada segundo o RBHA 145 para a realização de uma parte prática que deve perfazer um total de 60h/a (sessenta horas/ano).

(b) Grade de curso:

A grade do curso fica assim dividida:
(1) Básico – Matemática, desenhos de aeronaves,peso e balanceamento de aeronaves, combustíveis e sistema de combustível, tubulações e conexões, material de aviação, física, eletricidade básica, geradores e motores elétricos de aviação, princípios de inspeção, manuseio no solo, segurança e equipamentos de apoio e ferramentas manuais e de medição.

Grupo Célula:

Estrutura de aeronaves, montagem e alinhamento, entelagem, pintura e acabamento, reparos estruturais em aeronaves,soldagem de aeronaves, proteção contra chuva e gelo, sistemas hidráulicos e pneumáticos, sistemas de trens de pouso, sistemas de proteção contra fogo, sistemas elétricos de aeronaves, instrumentos, sistemas de comunicação e navegação e sistema de ar condicionado e pressurização.

Grupo Motopropulsor:

Teoria e construção de motores de aeronaves, sistemas de admissão
e de escapamento, sistemas de combustível do motor e medição de combustível, sistemas elétricos de ignição do motor, sistemas de partida do motor, sistemas de lubrificação e refrigeração, hélices, remoção e instalação de motor, sistema de proteção contra fogo no motor e operação e manutenção do motor.

Grupo Aviônicos:

Princípios de eletrodinâmica, resistores, lei de ohm, circuitos resistivos, divisor de tensão, potenciômetro e reostato, magnetismo, eletromagnetismo, geradores, indutância, medidores, capacitância, circuitos relativos, transformadores, motores elétricos, instrumentos e ele-
trônica.

Melhores detalhes entrar em contato via e-mail josefernandesinst@gmail.com .



segunda-feira, 8 de novembro de 2010


Dentro da cabine de um Comet



Em 2004 estive em Seattle, nos E.U.A, participando de um curso na Boeing e visitei alguns museus de aviação que existem na cidade . Tive o prazer de entrar em um COMET que estava sendo restaurado em um desses museus e constatei como esta aeronave foi algo fora de série. Uma aeronave da década de 50 com alta tecnologia e com uma cabine moderna que não deixa nada a desejar em relação a algumas aeronaves que ainda voam nos dias de hoje.

O Comet como lição para o sistema de pressurização de aeronaves

O Comet, de origem inglesa foi o primeiro avião comercial propulsionado por motores a jato fabricado no mundo.Com quatro reatores embaixo de suas asas, o Comet começou a operar em 1952 pela companhia aérea inglesa BOAC .
Foi um grande sucesso, pois voava com o dobro da velocidade dos seus concorrentes da época, porém, com um enorme consumo de combustível, suas rotas eram curtas.
A Tragédia dos Comet
Inesperadamente em janeiro de 1954 um Comet que havia decolado de Roma se desintegrou enquanto sobrevoava o mar, matando seus trinta e cinco ocupantes. Os voos foram suspensos por algum tempo, mas assim que foram retomados, outra aeronave se despedaçou em pleno ar, novamente matando todos os ocupantes.
Os navios de salvamento da Marinha Real Britânica foram enviados ao local do primeiro acidente para resgatar as peças do avião que estavam submersas, já que o segundo acidente aconteceu sobre águas profundas, resgatando 2/3 das peças.
Os destroços foram, então, enviados a Farnborough , Inglaterra onde o Comet acidentado foi cuidadosamente remontado, utilizando-se peças novas no lugar das que não foram resgatadas do avião acidentado.
Um outro Comet foi colocado em um tanque com água, para simular a mesma situação de diferença de pressão atmosférica e desgaste de material.
Cabe aqui uma explicação, até então os aviões da época voavam a baixas altitudes, onde a pressão atmosférica era semelhante à da superfície da terra. Porém os aviões a jatos necessitam voar a uma altitude muito grande, onde a pressão atmosférica é mínima. Como o ser humano não consegue ficar consciente com uma pressão muito baixa, os aviões a jato precisam ter um sistema que deixe a pressão dentro do avião bem maior que a de fora.
Descobriu-se finalmente que os projetistas não tinham preparado a estrutura para ser usada com essa diferença de pressão, logo os aviões eram verdadeiras "bombas" voadoras. Bastou uma rachadura no teto do primeiro Comet acidentado para que ele se desintegrasse em pleno voo. No caso do Comet resgatado do fundo do mar, a rachadura havia se iniciado onde a superfície metálica fora cortada em retângulo, para a instalação de uma antena de ADF. Também as janelas dos primeiros Comet eram quadradas, o que criava pontos de tensão nas extremidades. É por isso que, a partir dessas tragédias, os aviões passaram a ter janelas redondas e ovais, com o propósito de diminuir a tensão, e conseqüentemente, a fadiga metálica.
Na madrugada de 23 de novembro de 1961, um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas caiu logo após decolar de Viracopos (Campinas-SP), provocando a morte das 52 pessoas que estavam a bordo. Os motores apresentaram problemas durante o procedimento de decolagem e aeronave ficou descontrolada. Foi então perdendo altitude até atingir um eucaliptal situado a 500 metros da cabeceira da pista da então zona rural do município de Campinas. Com o impacto, o avião abriu uma clareira de 400 metros de extensão entre as árvores e foi se despedaçando até bater contra um pequeno morro onde acabou por explodir.
O De Havilland Comet teve uma carreira muito curta, porém de extrema importância para a aviação mundial.
A Lição dos Comet
O Comet serviu de lição para que os outros projetistas modificassem os seus projetos e fizessem aviões a jato confiáveis. A era do jato impulsionou a aviação civil mundial para a sua época de ouro (década de 60).
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/De_Havilland_Comet"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mês de aniversário do Blog



Queremos agradecer aos nossos seguidores, leitores e amigos por estarem juntos conosco nessa estrada. Já são 3 anos de informações sobre a aviação civil. neste período encontramos muitas pessoas por essa Brasil a fora que compartilham deste espaço aberto sobre a aviação. Muito obrigado pelo apoio de todos vocês.

FELIZ ANIVERSÁRIO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!