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domingo, 1 de março de 2009

Crise na aviação brasileira

A crise econômica anunciada por especialistas desde o ano passado chegou ao Brasil. Será que chegou mesmo? Eu acredito que sim. Aliás, desde o início do governo Lula ela já vem sendo anunciada. Me lembro muito bem quando o presidente foi a TV “pedir” para que o povo consumisse, pois agora que tínhamos uma economia “estabilizada” era a hora de comprar, de gastar e de tirar a “barriga da miséria”. Ora , quando se incentiva o consumo desta forma em um país que ainda não possui uma política de empregos consistente só poderíamos esperar o que? Crise. Todo mundo comprou e vendeu nos últimos anos, mas tudo na base do financiamento, raramente as pessoas ou empresas possuíam recursos próprios. Comprar com dinheiro de financiamento é sempre um risco para ambas as partes: comprador e vendedor.
Na época da crise da VARIG (2005/2006) a empresa precisava de financiamento para poder sobreviver ou que o governo liberasse o valor que a empresa tinha direito de uma ação contra o próprio governo já ganha na justiça, mas esse governo fechou os olhos para essa situação e a empresa demitiu 5600 funcionários da noite para o dia. Semana passada a Embraer anunciou 4500 demissões e o que estão fazendo ? Apenas tentando ganhar tempo na justiça para impedir essas demissões,mas todos já sabemos que só isso não irá resolver nada. Como o governo pode incentivar o consumo se ele não cria regras que garantam os empregos? O empresário precisa lucrar para pder manter o processo produtivo. O trabalhador precisa ter garantia de emprego. Quando falo em garantia de emprego não estou querendo falar que o trabalhador não possa ser demitido. Estou dizendo que deva existir uma política de empregos onde se tenha oferta de empregos suficiente para a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. Não é utopia não, isso é possível caso haja planejamento e vontade política. Na aviação aliás, o governo a trata mais como moeda política do que como atividade econômica propriamente dita. Talvez por isso a aviação brasileira sempre viva períodos de crises.Sem uma política concreta para gerar empregos e estabilidade a qualquer simples ameaça de crise haverá crise.
Em numeros de passageiros transportados podemos notar aumento nos números, mas em termos de efetivo crescimento da aviação em geral não observamos o mesmo grau de evolução. O mercado de trabalho continua incerto e algumas companhias que estavam em crescimento já acenam com uma retração.
Vamos torcer para que essa crise se reverta em novas oportunidades e que o país trace uma estratégia para a política de aviação com fomento ao crescimento econômico e geração de empregos.

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