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sábado, 28 de março de 2009

TAP M& E Brasil. Surge um novo gigante da manutenção aeronáutica.




A antiga diretoria de manutenção da VARIG passou por vários processos de reestruturação, virou unidade de negócios, ganhou autonomia como empresa de manutenção, foi vendida para o consórcio Aero Luso-Brasileiro, depois repassado a TAP Manutenção e Engenharia de Lisboa e hoje se transformou em TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A sendo uma das maiores empresas de MRO ( Maintenance Repair Overhaull) do mundo. A carteira de clientes da nova empresa ainda é pequena em relação a sua capacidade de produção, mas há tendências em um aumento gradativo de novos clientes.
Hoje a empresa possui dois grandes centros de manutenção, um no Rio de Janeiro e outro em Porto Alegre com cerca de 1700 funcionários altamente qualificados (somatório das duas bases). Possui certificações das diversas autoridades de aviação civil como o FAA , a EASA , DNA, INAVIC, ANAC, DGAC , etc. A TAP M&E Brasil S.A já trabalha na manutenção de aeronaves da família Airbus como as frotas A300, A310/300-600, A320, A330/340, toda a frota Boeing e também algumas aeronaves da Embraer como o EMB 120 , ERJ 135 , ERJ145 , ERJ 170/190.
A “nova” empresa de manutenção aeronáutica é estrategicamente muito importante para a cidade do Rio de Janeiro e para o Brasil, pois clientes do mundo inteiro poderão vir para cá com suas aeronaves e gerar empregos e recursos para a nossa região. Uma empresa deste porte merece atenção especial das autoridades brasileiras para que proporcionem os bens de capital necessários para o desenvolvimento da área ao redor deste empreendimento.
Apesar da crise mundial, as expectativas de um bom futuro são cada vez mais fortes já que o pior parece já ter passado e as calmarias já apontam no horizonte. A empresa está muito bem localizada próximo ao aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim-Galeão e possui um parque industrial altamente equipado e preparado para atender ao diversos níveis de manutenção exigidos para vários tipos de aeronaves e componentes.
Todos torcemos para que este empreendimento cresça cada vez mais e que ajude a aumentar a confiabilidade na aviação civil brasileira.

domingo, 15 de março de 2009

Copa 2014- Brasil


A copa do mundo é um evento grandioso que exige um bom planejamento para que obtenha êxito e faça com que o mundo volte seus olhos para as oportunidades que surgem com esse movimento frenético de torcedores, jornalistas, empresários, governantes e demais envolvidos.
Como atuamos no ramo de aviação faço um pedido para que vocês reflitam por um momento sobre como deverá ser o planejamento para o transporte aéreo nesse período da copa. Muito se fala na mídia sobre os investimentos bilionários que serão disponibilizados para que seja criada a infra-estrutura necessária para o sucesso desse evento esportivo que terá duração de cerca de 30 dias e que mudará sem dúvida a vida de muitos brasileiros. Mas não sabemos ao certo qual a cota para investimento no transporte aéreo. Com o número de aeronaves que possuímos hoje no Brasil não é possível atender a demanda interna pelo transporte aéreo, imagine só ter que atender também aos turistas que chegarão à época para assistir a copa e para “esticarem o tur “ pelo resto do país , porque o período da copa coincide com o período de férias , principalmente do hemisfério norte e muitas pessoas virão ao Brasil para assistir aos jogos e curtir férias. Com a recente demanda de passageiros nos aeroportos brasileiros nos dois últimos finais de ano (2007/2008 – 2008/2009) já houve o tão famoso “caos aéreo”, devido a nossa estrutura precária, imagine com o aumento do tráfego aéreo vindo do exterior para cá. Será uma catástrofe caso não se tenha proposta concreta para melhorias do sistema.
Hoje as empresas do setor de aviação passam todas elas por uma crise econômica ( em grande parte culpa da crise internacional) e precisam de apoio para sobreviver, pois esse mercado é regulamentado e por isso, a flexibilidade que outros setores possuem para tentar se ajustar a realidade do mercado não acontece na aviação. Como a regulamentação exige uma burocracia maior, vejo que se torna necessária a tomada de ação imediata por parte das autoridades e do comitê organizador para a copa de 2014 na implantação de projetos para a melhoria da nossa infra-estrutura do sistema de aviação. Com isso, não teremos surpresas desagradáveis para a nossa Copa e daremos ao mundo o recado de que precisamos: somos um país com potencial na aviação. “Pra cima deles Brasil.”
Foto MS notícias.

domingo, 1 de março de 2009

Crise na aviação brasileira

A crise econômica anunciada por especialistas desde o ano passado chegou ao Brasil. Será que chegou mesmo? Eu acredito que sim. Aliás, desde o início do governo Lula ela já vem sendo anunciada. Me lembro muito bem quando o presidente foi a TV “pedir” para que o povo consumisse, pois agora que tínhamos uma economia “estabilizada” era a hora de comprar, de gastar e de tirar a “barriga da miséria”. Ora , quando se incentiva o consumo desta forma em um país que ainda não possui uma política de empregos consistente só poderíamos esperar o que? Crise. Todo mundo comprou e vendeu nos últimos anos, mas tudo na base do financiamento, raramente as pessoas ou empresas possuíam recursos próprios. Comprar com dinheiro de financiamento é sempre um risco para ambas as partes: comprador e vendedor.
Na época da crise da VARIG (2005/2006) a empresa precisava de financiamento para poder sobreviver ou que o governo liberasse o valor que a empresa tinha direito de uma ação contra o próprio governo já ganha na justiça, mas esse governo fechou os olhos para essa situação e a empresa demitiu 5600 funcionários da noite para o dia. Semana passada a Embraer anunciou 4500 demissões e o que estão fazendo ? Apenas tentando ganhar tempo na justiça para impedir essas demissões,mas todos já sabemos que só isso não irá resolver nada. Como o governo pode incentivar o consumo se ele não cria regras que garantam os empregos? O empresário precisa lucrar para pder manter o processo produtivo. O trabalhador precisa ter garantia de emprego. Quando falo em garantia de emprego não estou querendo falar que o trabalhador não possa ser demitido. Estou dizendo que deva existir uma política de empregos onde se tenha oferta de empregos suficiente para a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. Não é utopia não, isso é possível caso haja planejamento e vontade política. Na aviação aliás, o governo a trata mais como moeda política do que como atividade econômica propriamente dita. Talvez por isso a aviação brasileira sempre viva períodos de crises.Sem uma política concreta para gerar empregos e estabilidade a qualquer simples ameaça de crise haverá crise.
Em numeros de passageiros transportados podemos notar aumento nos números, mas em termos de efetivo crescimento da aviação em geral não observamos o mesmo grau de evolução. O mercado de trabalho continua incerto e algumas companhias que estavam em crescimento já acenam com uma retração.
Vamos torcer para que essa crise se reverta em novas oportunidades e que o país trace uma estratégia para a política de aviação com fomento ao crescimento econômico e geração de empregos.