Hoje apresentamos aqui no blog a entrevista realizada pela nossa equipe com o Sr. Rui Vianna, idealizador do projeto CTPA (Centro Tecnológico de Preparação para Aviação Civil) onde ele faz um resumo de sua carreira e conta como começou a ideia desse projeto e seus objetivos.
Rui Barbosa Vianna nasceu na cidade do Rio de Janeiro e tem como Profissão a área de Consultoria / Instrutor. Bacharel em Ciências Aeronáuticas, atualmente trabalha em consultorias nas áreas de Aviação, Comércio Exterior,
Logistica e empreendendo socialmente no projeto CTPA.
Esteve por sete anos atuando na Força Aérea Brasileira,
especializado em Segurança. após sair da FAB em 2001, no ano de
2003 iniciou seus estudos para carreira na Aviação Civil. Atuou como
estagiário de manutenção no PAMA-AF, Ancoratek, Ultrarev, Nacional
Aerotáxi e Riana Táxi Aéreo. Como Professor/instrutor de contra-incêndio
e Matemática atuou no SEST/SENAT e na Skylab (escola de aviação) para as turmas PC 06/05 e
ministrou aulas particulares de aerodinâmica e Conhecimento técnico uma
vez formado em Ciências Aeronáuticas pela UNESA e Técnico em Manutenção
pela EAPAC. Em 2013 deu seus primeiros passos para empreender com a BHL uma empresa de
comércio eletrónico, depois transformada em transportadora logistica e
de passageiros. Atualmente sendo remoldada para atuar em consultoria de
transporte, logistica e Aviação Civil.
B.F A.B : Prezado Rui Vianna, sabemos que a aviação civil brasileira assim como
boa parte da aviação mundial, passa por uma escassez de oferta de mão de
obra qualificada. Na sua opinião esse fenômeno está relacionado a falta
de incentivo aos jovens para ingressarem nesse ramo ou às dificuldades
imposta pelas regulações das autoridades aeronáuticas?
Rui Vianna: É um somatório de fatores. No Brasil, talvez a maior dificuldade seja para se formar
tendo em vista serem cursos caros , o que dificulta o acesso para a maioria da
população. É uma seleção "titanic" onde quem tem melhores condições financeiras são privilegiados em detrimento dos menos favorecidos. O mercado é muito seletivo. Uma vez eu ouvi um dono de táxi aéreo me
dizer para desistir do meu sonho se eu não tinha dinheiro e nem padrinho. Senti a
realidade desse problema na própria carne. A falta de fomento educacional por
parte da agência reguladora nos últimos anos, na minha opinião contribuiu ainda mais para o baixo número de
oportunidade aos jovens brasileiros. Na época do DAC ( Departamento de Aviação Civil) o custo para se realizar o curso de formação era menor.
Os aeroclubes tinham verbas e incentivos do governo e mesmo assim a
formação ainda era deficitária. Com a retirada dos incentivos ficou
ainda pior a situação dos jovens brasileiros para conseguir se formar e
conseguir a inserção no mercado. São profissões de muita
responsabilidade e que exigem um alto nível de conhecimento que precisa
ser maturado. Até mesmo na aviação militar, esse fenômeno vem ocorrendo.
A EEAR, que pertence a Força Aérea diminui o número de vagas devido ao
orçamento cada vez mais apertado. É uma excelente escola, Desejo que o
CTPA seja uma escola de excelência como são a EEAR e a AFA. Reunindo o
que há de melhor na área. Por isso o apelo ao Presidente Jair Bolsonaro
para torná-la uma realidade.
B.F.A.B :
No Brasil, a ANAC ( Agencia Nacional de Aviação Civil) já divulgou que
há uma tendência cada vez maior de déficit de mão de obra ,
principalmente de pilotos e mecânicos para atender o mercado brasileiro
caso as previsões de crescimento da aviação brasileira se concretize.
Por sua vez as escolas existentes hoje no mercado são de caráter
privado, e estas também passam por dificuldades por não haver alunos
interessados em fazer cursos para essa área ou se há , é em menor número
do que há décadas atrás. Em sua opinião, qual seria a saída viável para
que fosse gerada a motivação entre os jovens para atuar na aviação e
como deveria ser a estrutura de formação oferecida a juventude a nível
nacional?
Rui Vianna:. Na minha opinião, é necessário o fomento governamental com apoio das empresas do setor. Como ocorre na Alemanha, por exemplo, onde a Educação é feita em parcerias públicos privada. Ou em modelos como na Inglaterra e na América do Norte,.onde tem uma estrutura, a nível militar, compartilhada entre as três forças armadas, Fort Rucker é um exemplo. Acho que a Estrutura que o CTPA deseja é algo que possa ser usado pelas corporações dos Bombeiros, Policias Federal, Estaduais, e alunos cursados e aprovados nas etapas do curso de formação. Com um programa de estágio onde os alunos egressos dos cursos passam um período nas corporações públicas (forças armadas , inclusive) e órgãos públicos e dar a eles a experiência necessária a atividade na vida civil.
B.F.A.B :
Em alguns países como Estados Unidos , Inglaterra e em alguns da Europa,
há a figura dos Centros de Treinamentos que são estruturas complexas que
atende a várias demandas de formação das mais diversas áreas da
aviação. Aqui no Brasil, apesar de termos uma das aviações mais
importantes do mundo, não vemos essas estruturas surgirem, em sua grande
maioria são escolas que oferecem um ou dois e no máximo 3 cursos
diferentes.. Qual seria o caminho a seguir para que tivéssemos uma
oferta de ensino de qualidade em centros de formação integral?
Rui Vianna:
O caminho seria termos uma instituição capaz de abraçar os diversos cursos de formação
necessários, algo a nível nacional, como é a proposta do CTPA. Ser uma
instituição pública para formar todos os profissionais necessários ao
funcionamento das empresas aéreas. Isso no final reduzirá custos para o
governo que se beneficiaria temporariamente da mão de obra especializada
enquanto se prepara para a vida civil. A transição dos soldados para
vida civil no Brasil é muito difícil. e muitos jovens se perdem no meio
do caminho. Fui soldado da FAB, concursado e no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Houve problemas administrativos e demissão em
massa de 15 mil jovens. eu fui um deles e sofri bastante. Já tinha 30
anos e com minha vida formada. Casado, pai de uma menina de apenas 3
anos. Vi tudo desmoronar. Passei muita dificuldade. E ainda passo por
algumas poucas e boas.
B.F.A.B : Você idealizou um projeto denominado CTPA . Nos fale um pouco sobre como
surgiu essa ideia e quais são os principais objetivos desse projeto.
Rui Vianna:
O CTPA, era uma escola que só formava mecânicos para o Sistema de
Aviação Civil e funcionava no PAMA-AF no Rio de Janeiro. Essa escola foi fechada e o
projeto abandonado pelo sistema 5S. A escola foi fechada. Eu sou morador
do Bairro de Magalhães Bastos, subúrbio do Rio de Janeiro, que fica no complexo do Campos dos Afonsos/Vila Militar. Como o nome não está mais
sendo usado pela FAB/Sistema e caiu em desuso, pedi ao Defensor Público
autorização, depois de pesquisar na internet para fazer o uso da sigla
que não é o mesmo nome do antigo CTPA. E existem várias siglas CTPa na
internet hoje que não tem nada a ver com o projeto. A única semelhança é o
curso de manutenção mas o que proponho hoje é um Centro de Formação
diferenciado a nível Federal e que o Governo e as empresas fomentem a formação
aeronáutica com uma estrutura similar a das forças armadas inclusive
podendo ser utilizadas pelo CTPA as estruturas que já existem nessas instituições para a formação de nossos alunos.
As escolas públicas precisam ser valorizadas.
As escolas públicas precisam ser valorizadas.
B.F.A.B : Quais são as principais dificuldades encontradas para que o projeto seja alavancado?
Rui Vianna:
Recursos financeiro, parcerias , recursos estruturais e vontade política. A minha visão vai além para o
setor de infraestrutura. Existe no Brasil muita gente capaz mas que
muitas vezes não é ouvida. Estou nessa luta tentando levar o projeto para apreciação na câmara dos deputados , mas precisamos do apoio para a assinatura de um abaixo assinado que está na nossa página do facebook (https://www.facebook.com/pages/category/School-Fundraiser/Centro-Tecnologico-Prepara%C3%A7%C3%A3o-para-Avia%C3%A7%C3%A3o-Civil-217139312503543/)
Semana passada estive na LAAD, onde fui em busca de apoio ao nosso projeto e fomos bem recebidos onde tive a oportunidade de falar com Capitão de fragata Cmte. Cleber da ASCOM do Ministério da Defesa que nos recebeu gentilmente no Espaço do Ministério na Feira a quem pedimos uma audiência com o Ministro da Defesa, Gen. Fernando Azevedo e Silva para demonstrar como pode o CTPA se apoiado pelo Governo Federal se tornar referencia na formação de Pilotos Civis e demais profissionais da aviação. A luta é árdua ,mas estamos firmes nesse propósito.
Semana passada estive na LAAD, onde fui em busca de apoio ao nosso projeto e fomos bem recebidos onde tive a oportunidade de falar com Capitão de fragata Cmte. Cleber da ASCOM do Ministério da Defesa que nos recebeu gentilmente no Espaço do Ministério na Feira a quem pedimos uma audiência com o Ministro da Defesa, Gen. Fernando Azevedo e Silva para demonstrar como pode o CTPA se apoiado pelo Governo Federal se tornar referencia na formação de Pilotos Civis e demais profissionais da aviação. A luta é árdua ,mas estamos firmes nesse propósito.
B.F.A.B : Deixe suas considerações finais sobre como você vê o cenário da aviação nos próximos 20 anos, principalmente no Brasil.
Rui Vianna: Vejo
com esperança de melhora e de expansão, mas com pesar se nada for feito de imediato para
incentivar os jovens e para fomentar a educação tecnológica no Brasil para garantir mão de obra de qualidade. Penso que devemos aproveitar o potencial de crescimento da aviação que estão projetando para os próximos 20 anos, e reverter isso em benefício da população investindo em formação e dando igualdades de oportunidades para que possam entrar em uma escola formadora. Desejo de coração não ver mais
crianças sendo exploradas sexualmente no Brasil. Perdendo sua infância e
juventude renegadas a miséria porque nasceram pobres na origem. Ninguém
escolhe nascer pobre e ser muito rico cria também filhos
desequilibrados e sem amor. Tudo requer
equilíbrio. É muito ruim e pode ser nocivo se numa cultura educacional o
jovem tem tudo que quer,por outro lado, ter pouco ou nada também expõem a
violencia. É preciso ter um meio termo e que o Governo invista e fomente a
Educação e que as Empresas colaborem através de parcerias.
Isso é
o que pode alavancar o CTPA, os alunos com mais posses pagariam uma
mensalidade proporcional que os dá acesso a todo o processo de formação
incluindo todas as fases necessárias a um treinamento completo. Hoje, a forma
como é feita a educação para a formação na aviação é onerosa para aqueles que não têm muitos recursos ,mas que são detentores de um sonho. O aluno tem que vender seus bens, como
imóveis, veículos para pagar por uma formação privada e que muitas vezes
acaba sendo deficitária. A educação não pode visar
o lucro e sim o Desenvolvimento Infraestrutural da nação. Por isso o
Governo deve fomentar e as empresas apoiarem financeiramente para tornar
viável o crescimento que no final vai beneficiar a própria empresa que
aumentando o mercado aumentará as vendas consequentemente. Esse é o objetivo do CTPA ajudar os
jovens e
dar oportunidade a todos. Lembrando que o projeto
não prejudicará as instituições particulares uma vez que para o aluno
ingressar têm que ser aprovado em concurso público de caráter
obrigatório.
https://www.linkedin.com/in/rui-barbosa-vianna/?originalSubdomain=br
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Fala rui aqui e Diego lembra de mim .e isso ai
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