Acordei como sempre às 04:30h e peguei este voo às 08 hs no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - Galeão. Como cheguei ao aeroporto com bastante antecedência , aproveitei para ler alguns jornais e me apeguei às notícias sobre o acordo entre Brasil e França, referente a compra de aeronaves militares, que ao longo da semana invadiram a mídia nacional e internacional. Ao que parece vários países andam às voltas e preocupados com a corrida armamentística .
Nasci na década de 70 e, ainda na minha infância, presenciei a tão famosa guerra fria entre as potências mundiais da época - Estados Unidos e a extinta União Soviética -e hoje me deparo com estas notícias de jornal que me fazem voltar no tempo. Não sei se esses acordos militares são somente de interesses estratégicos/políticos ou políticos/econômicos , mas o que vejo são idéias antigas voltando a tona no cenário mundial por meio de outros atores. Junto com a divulgação do governo brasileiro, sobre a compra de aeronaves caça franceses , li também uma notícia sobre o acordo de compra de 500 carros de combate à Russia pela Venezuela, isto em um momento que as relações entre a Venezuela e Colômbia não são das melhores.Por sua vez a Colômbia faz acordos com os Estados Unidos para instalações de bases militares em seu território e o Brasil anuncia que possui uma imensa reserva de petróleo ( Pré-sal) que ainda não a consegue explorar. Parece que a América do Sul entrará de vez no cenário mundial como uma das regiões mais importantes do planeta.
Bem, mas vendo o mundo aqui do alto pela janela de um boeing 737-800 tudo parece tão calmo lá em baixo...Voltando ao que interessa , a compra de aeronaves francesas com transferência de tecnologia para o Brasil, parece ser bem interessante. Tirando as questões políticas que a envolvem , vejo com bons olhos essa transação. A Embraer já anunciou o projeto de uma nova aeronave militar que substitui os famosos Hércules C-130 e a França já se interessou em adquirir 30 unidades desse tipo. A balança comercial entre os dois países ficaria equilibrada, o que seria importante economicamente para as duas nações.
Com toda essa especulação política em torno deste fato não podemos tirar conclusões precipitadas, mas a viabilidade para que se fortaleça o nosso mercado de aviação passa por estratégias dessa magnitude. O Brasil precisa pensar em desenvolvimento tecnológico cada vez mais amplo para que nossa industria possa crescer e conquistar o mercado internacional .Vamos aguardar os desdobramentos das próximas semanas em torno deste assunto para termos uma visão mais clara do que representará efetivamente a aquisição dessas aeronaves para o país.
Foto: último segundo
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